O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apura uma denúncia de que o médico Madson Oliveira, exonerado em abril deste ano do cargo de diretor de serviços do Hospital Municipal de Itiúba após ser acusado de ameaçar a ex-companheira, teria continuado exercendo suas funções normalmente.

A ex-companheira, Natália Genuíno, afirma que houve falsificação de documentos para encobrir a permanência dele no hospital e evitar ações judiciais ligadas à pensão alimentícia do filho. Madson já responde a processo criminal por ameaça de morte. Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) apontam que seu nome seguiu ativo até julho.

Segundo Natália, além de continuar aparecendo como diretor, Madson também estaria atuando como médico plantonista, mesmo após a publicação da exoneração no Diário Oficial. Ela afirma que pretende recorrer à Justiça para garantir que o desligamento seja efetivamente cumprido.

A Prefeitura de Itiúba nega as acusações e afirma que o médico foi desligado oficialmente em abril, atribuindo o registro ativo no CNES a atrasos na atualização do sistema do Ministério da Saúde. O Hospital Municipal apresentou lista atualizada de colaboradores, na qual o nome dele não consta.
O município também declarou que a exoneração foi decidida antes de tomar conhecimento do processo judicial contra o médico. A gestão municipal repudiou ataques pessoais contra o prefeito, a procuradora e o secretário de saúde, afirmando que todos cumpriram suas obrigações legais.
O caso corre em segredo de justiça. A defesa do médico não se manifestou até o fechamento da matéria.
Fonte: Bahia Notícias
