A operação “Face Off”, da Polícia Federal (PF), desmantelou uma quadrilha que conseguiu burlar o sistema de reconhecimento facial do Gov.br para acessar dados sensíveis da população. Os criminosos usavam tecnologia avançada para alterar a fisionomia e enganar a verificação de identidade do sistema federal.
Segundo o especialista em cibersegurança Fábio Assolini, da Kaspersky, os golpistas chegam a colar fotos de rostos em bonecos para enganar os mecanismos de segurança.
“Conforme a tecnologia vai melhorando, os golpes também vão se aprimorando”, alerta o pesquisador.
As informações são do jornal O Globo.
Os criminosos atuavam principalmente contra o sistema de segurança “liveness”, usado para identificar se a pessoa que realiza o reconhecimento facial está realmente viva — e não é apenas uma imagem ou reprodução.
Assolini também destaca que um dos maiores desafios está no equilíbrio entre rigidez e acessibilidade do sistema de reconhecimento.
“Se for muito permissivo, aprova até manequim. Se for muito exigente, pode negar o próprio dono da conta”, explica.
A escolha dos criminosos pelo Gov.br também foi estratégica: por ser uma plataforma que precisa atender milhões de brasileiros com diferentes dispositivos, a tecnologia tende a ser menos rigorosa na análise facial — o que abre brechas para fraudes sofisticadas.
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