A Polícia Civil detalhou as informações que embasam a prisão de Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus, suspeito de envolvimento no caso que investiga golpes e desvios aplicados por um grupo criminoso contra famílias carentes através de um programa de televisão. Em entrevista ao BNews, o diretor do Departamento de Investigações Criminais (DEIC), delegado Thomaz Galdino, apontou que a prisão ocorreu por conta de decisão judicial.
Ao todo, doze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). “Na época a gente pediu [prisão] dos 12. O judiciário entendeu que não precisava prender na época. Hoje o Judiciário entendeu por decretar prisão desse, a gente não tem informação do porquê que resolveu decretar. Recebemos o mandado e fomos cumprir. Ele estava em casa no bar no Cabula, hoje, pela manhã, as equipes foram lá e cumpriram o mandado”, afirmou o delegado. Ele ainda detalhou que o suspeito não apresentou resistência.
Na quarta-feira (18), a reportagem revelou com exclusividade que a Justiça decretou a prisão de Carlos Eduardo e de Thais Pacheco da Costa, réus no processo. Ela, no entanto, teve a prisão revogada pelo juiz Cidval Santos Sousa Filho. Carlos Eduardo foi detido e encaminhado à sede da Polícia Civil, localizada em Itapuã.
O magistrado levou em conta a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que acusa os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira de serem líderes do grupo. Eles e o suspeito Lucas Costa Santos estariam envolvidos em todos os casos de desvios. Os comunicadores, hoje na TV Aratu, teriam se apropriado de R$ 407.143,78, o equivalente a 75% dos R$ 543.089,66 arrecadados em 12 campanhas para pessoas em situação de vulnerabilidade na televisão.
Ao BNews, o delegado confirmou que o processo já está nas mãos da justiça e que corre em sigilo. No entanto, ele reforça que Carlos Eduardo foi apontado na denúncia como uma das pessoas que forneceram a conta para receber o dinheiro desviado. “Era um dos envolvidos, foi um dos indiciados. E as investigações demonstraram que era um dos correntistas que recebiam o dinheiro que era desviado das doações”, declarou Galdino.
“O golpe desviou muito. Mais de R$500.000”, acrescentou.
BNEWS