As interrupções no fornecimento de energia elétrica vêm afetando a operação dos sistemas de abastecimento da Embasa em diversos municípios baianos, é o que explica a concessionária de água e saneamento. A empresa explica que as máquinas param a cada interrupção de energia e afetam a captação e distribuição de água.
O presidente da Embasa, Leonardo Góes, alega que “quando as bombas param, as tubulações e reservatórios de água se esvaziam, exigindo tempo para recuperar a pressão e conseguir abastecer a população. Nos grandes sistemas integrados, isso significa um tempo maior de retorno para as localidades mais distantes”. Desde o dia 20 de dezembro, o município de Quixabeira, que vem passando por uma grave crise de abastecimento devido a sucessivos problemas no fornecimento de energia. Até o momento, foram cinco paradas no sistema por falta ou oscilação na tensão da energia fornecida.
A Embasa reforça que a cada interrupção, é preciso retomar o envio da água por quilômetros de tubulação e encher os reservatórios até que haja pressão para abastecer todos os imóveis. Devido às altas temperaturas e o subsequente aumento no consumo, as falhas inviabilizam a operação normal do sistema.
Nesta sexta-feira (29), cerca de 24 localidades estão sem fornecimento de água devido a falta de energia na barragem de Aracatu, no sudoeste baiano. Sobre isso, o gerente regional da Embasa, Manuel Mateus afirmou que a concessionária de energia foi acionada. “Notificamos a Coelba às 8h25 da manhã e até agora, no meio da tarde, não temos sequer uma previsão de quando o fornecimento de energia vai ser retomado. Isso prejudica demais a operação dos nossos sistemas e a própria população. São milhares de pessoas que ficam sem água, nesta época de muito calor e alto consumo, por causa desses problemas de energia”, alega.
A Diretoria Técnica e de Planejamento da Embasa afirmou que diante das interrupções no fornecimento de energia, a Embasa tem recorrido a geradores em diversos equipamentos, como os novos poços que estão sendo perfurados para enfrentar a estiagem do El Niño.
Fonte: Bahia Notícias