A Prefeitura de Correntina, no oeste da Bahia, firmou contratos que somam mais de R$ 2,5 milhões com três panificadoras locais para o fornecimento de até 50 mil bolos, 110 mil pastéis e 80 mil pães franceses, pelo período de 12 meses.

A medida, autorizada pela gestão do prefeito Walter Mariano (União Brasil), gerou polêmica entre moradores, que consideram os números exagerados para uma cidade de pouco mais de 32 mil habitantes.
Em nota, a administração alegou que os valores e quantidades são apenas estimativas, e que a contratação ocorre conforme a demanda real das secretarias municipais.
Além disso, os contratos levantam questionamentos em razão da crise financeira enfrentada pelo município. Em fevereiro deste ano, o Ministério Público da Bahia chegou a pedir a suspensão do Carnaval de 2025, alegando atraso no pagamento de servidores e situação de calamidade administrativa.
A comparação entre os gastos milionários em lanches e a dificuldade para manter serviços básicos em dia aumentou a insatisfação popular. Moradores relatam que a cidade enfrenta problemas em áreas essenciais, como saúde e infraestrutura, enquanto a prefeitura mantém contratos de grande volume para produtos de panificação.
Especialistas em gestão pública apontam que a prática de inflar estimativas de consumo, mesmo que não se concretize em compras efetivas, pode abrir brechas para questionamentos sobre transparência e planejamento orçamentário. O MPBA pode acompanhar de perto a execução desses contratos para verificar se há irregularidades.
Fonte: A Tarde

