A sessão da Câmara de Vereadores de Capim Grosso, nesta segunda-feira, 23 de outubro, ficou marcada por intensos momentos de gritos, vaias, aplausos e tumulto, levando o então presidente da Casa a suspender a sessão e, posteriormente, encerrá-la devido à impossibilidade dos vereadores utilizarem a tribuna.
Um considerável número de populares compareceu à sessão com a intenção de exigir explicações sobre o projeto que autoriza a venda dos terrenos de Tarcilia Evangelista e Edna Pinto Daltro para financiar a aquisição do Hospital Nossa Senhora da Saúde. Um grupo representando a oposição ocupou boa parte do auditório da Câmara e começou a questionar e vaiar os vereadores da situação. Em contrapartida, apoiadores da situação revidaram acusando membros da oposição de tumultuar a sessão, então vaiavam os lideres contrários e defendia seus edis.
A tensão atingiu seu auge durante o discurso do vereador Bruno, que foi interrompido várias vezes devido ao barulho e à impossibilidade de concluir sua fala. O então presidente em exercício, Alex, suspendeu a sessão por tempo indeterminado. O vereador Nem de Titininho dirigiu-se à Mesa Diretora para questionar a suspensão da sessão, momento em que a temperatura subiu e alguns populares tentaram entrar na tribuna, sendo contidos por guardas municipais, resultando no encerramento da sessão.
Na pauta desta sessão, não estava mais a questão dos terrenos e da compra do Hospital, uma vez que foram aprovados na sessão anterior. Um grupo de mães compareceu à Câmara para reivindicar apoio dos vereadores à causa das crianças com deficiência, como autismo e síndrome de Down. No entanto, devido ao tumulto e à falta de sensibilidade de alguns presentes, essa importante pauta ficou em segundo plano, sendo sufocada por gritos e alvoroço de ambos os lados, o que não contribui para um debate construtivo.
Redação FR Notícias