Os gastos com saúde no Brasil devido ao álcool chegam a R$ 1,1 bilhão por ano, representando 8,6% do orçamento total da saúde de 2024. No total, os custos diretos e indiretos relacionados ao álcool somam R$ 18,8 bilhões. Esses gastos incluem tratamentos para doenças como cardiovasculares, acidentes e violências, além de custos com mortes prematuras e perda de produtividade. Em 2019, quase 105 mil mortes foram atribuídas ao consumo de álcool, com a maioria dos casos ocorrendo em homens.
Estudos apontam que o consumo excessivo de álcool tem aumentado, especialmente entre as mulheres, com a incidência de episódios de consumo elevado quase dobrando entre 2006 e 2023. Além disso, o álcool é um fator de risco crescente para o câncer de mama, especialmente entre mulheres europeias.

O Brasil comprometeu-se a reduzir o consumo de álcool em 10% até 2030, com uma meta aumentada para 20%. Contudo, especialistas alertam que as políticas públicas atuais, originadas na década de 1990, não têm sido efetivamente implementadas.
O Ministério da Saúde tem buscado mitigar esses problemas com a ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), oferecendo apoio e tratamento a pessoas com dependência de álcool e outras drogas. No entanto, o consumo abusivo de álcool segue sendo um grave desafio para a saúde pública e os custos do SUS.
Fonte: A TARDE