Um professor doutor em educação física, de 37 anos, foi preso em Teixeira de Freitas, no extremo sul da Bahia. Rafael Valladão era foragido da Justiça por matar uma adolescente de 17 anos em um motel na cidade do Rio de Janeiro. Ele foi encontrado pela polícia na quinta-feira (14), nove anos após o crime cometido em março de 2015.
A prisão de foi uma ação conjunta da Polícia Civil da Bahia e do Rio de Janeiro. De acordo com o coordenador da Policia Civil de Teixeira de Freitas, Moisés Damasceno, Rafael fugiu para a Bahia em dezembro de 2023, quando foi condenado pela Justiça.
O crime aconteceu no subúrbio do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações da época, a adolescente Beatriz Cardoso foi morta a facadas no motel e o corpo só foi encontrado dias depois, em um córrego da cidade. [Relembre crime ao final da matéria]
Durante as investigações, o suspeito chegou a ser procurado e o disque denúncia chegou a oferecer R$5 mil por informações sobre o acusado.
Ainda de acordo com a Polícia Civil de Teixeira de Freitas, após o crime, Rafael Valladão mudou de nome para Giovanni Rafael Romano Valladão. A alteração foi autorizada pela Vara de Registro Públicos do Rio de Janeiro.
Após o crime, ele revogou a prisão temporária e fez graduação, pós graduação e mestrado, além de doutorado em Educação Física.
Rafael também passou em um concurso e dava aulas em uma instituição federal do Rio de Janeiro, que não teve o nome divulgado. Após fugir para a Bahia, o suspeito seguia lecionando na modalidade online.
Relembre Caso
Antes do corpo de Beatriz Cardoso ser encontrado em um córrego no Rio de Janeiro, a adolescente ficou desaparecida durante dias. Rafael compartilhou uma imagem nas redes sociais, onde pedia informações sobre o paradeiro da vítima.
Na época, as investigações da polícia comprovaram que Beatriz e Rafael marcaram um encontro através de um aplicativo de mensagens. Ela teria combinado de ir para uma academia com o suspeito.
Rafael buscou Beatriz em casa em 31 de março de 2015 e depois ela não foi mais vista pela família.
A adolescente foi levada para um motel no subúrbio do Rio. Nas imagens das câmeras de segurança do local, não é possível identificar se a adolescente está no veículo em que Rafael dirigia, mas durante as investigações, o sangue de Beatriz foi encontrado em um dos quartos do motel.
O laudo da perícia afirma que Beatriz foi morta com um objeto cortante, provavelmente uma faca. Segundo as investigações, o crime foi premeditado, já que Rafael tinha sacos plásticos para esconder o corpo da vítima.
O professor foi ouvido durante as investigações e liberado pela polícia. Ele vai responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Fonte: g1 Bahia