Corpo de Bombeiros informou neste sábado (29) que o incêndio que atingia a região do Morro do Pai Inácio, um importante cartão postal da Chapada Diamantina, já foi controlado, mas ainda oferece riscos de possíveis queimas. Os bombeiros militares e brigadistas voluntários atuam em pontos isolados que ainda contém matéria orgânica dentro das fendas.
O incêndio se iniciou na última quinta-feira (27) e no mesmo dia 20 bombeiros militares iniciaram o combate. Uma das frentes do fogo, que já foi controlada, seguiu para a região do Morro do Pai Inácio, outra parte das chamas avançou em direção ao Mucugezinho, área em que os bombeiros e brigadistas permanecem atuando em focos isolados.
O desafio das equipes nesse momento é conter as chamas onde existe matéria orgânica acumulada dentro das fendas, esse é um trabalho minucioso, pois os bombeiros precisam remover de forma precisa o combustível dentro das fendas, para que não haja risco de propagação do incêndio.
Ao todo, 45 bombeiros militares, brigadistas voluntários, dois aviões modelo Air Tractor e um helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) estão atuando na operação.
O fogo teria começado na região do Mucugezinho e percorreu, pelo menos, 5 quilômetros, até chegar ao Morro Pai Inácio. Na sexta-feira (28) pela manhã, a filha do proprietário de um estabelecimento comercial nas imediações do Morro do Pai Inácio, Lêdy Valôis usou a rede social para chamar a atenção das autoridades e de voluntários para a necessidade de unir esforços para conter as chamas, que se alastram com muita velocidade.
“Vocês não fazem ideia da proporção desse fogo. Vendo de perto é desesperador. O fogo está se alastrando muito rápido”. Ela informou que os bombeiros chegaram para dar apoio aos brigadistas, no entanto que ainda precisavam de ajuda, porque havia muito fogo.
Ela contou que as labaredas chegaram a atingir uma altura de 5 metros e ficaram a cerca de 50 metros do estabelecimento da sua família, situado nas imediações do cartão postal, que é considerado um dos atrativos mais visitados na região.
A família toda foi obrigada a pegar baldes para tentar conter o fogo, que avançava com rapidez. A eles, se juntaram os funcionários do estabelecimento, brigadistas e caminhoneiros, que pernoitavam no local. Ninguém conseguiu dormir de quinta-feira para sexta-feira, com medo das chamas avançarem.
Correio