Um idoso tenta se aposentar há pelo menos oito anos. Ao dar entrada no procedimento, porém, ele descobriu que, para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), estava morto.
Jorge Teófilo de Oliveira mora no Distrito Federal e, hoje, tem 71 anos. Ele luta para ter direito ao benefício com apoio da Defensoria Pública do DF e conseguiu anular a certidão de óbito, mas ainda não recebeu a aposentadoria.
“Descobri que um religioso da minha cidade natal, no interior de Goiás, ao ajudar um outro morador em situação vulnerável a ter aposentadoria, utilizou os dados da minha certidão de nascimento”, afirmou, ao site Metrópoles, detalhando que o caso foi descoberto em 2020. Anos depois, o suposto morador morreu. Após alguns anos, o tal morador faleceu e a certidão de óbito foi emitida com os dados de Jorge.
De acordo com a Defensoria Pública, o religioso da cidade natal de Jorge, ao tentar ajudar o morador que não tinha nenhum documento, usou os documentos de Jorge para registrá-lo.
A certidão de nascimento e outros documentos do idoso estavam no interior, pois a mãe dele, ao se mudar para Brasília, não os trouxe. Lá, o homem começou a se passar por Jorge, recebendo aposentadoria em nome dele. Apoiado pela Defensoria, Jorge acionou a Justiça, conseguiu anular a certidão de óbito e emitiu uma nova certidão de nascimento.
Com isso, ele deve procurar novamente o INSS para dar entrada em um novo pedido. Segundo Jorge, que mora com um filho de 16 anos e trabalha como catador para ter renda, a aposentadoria seria importante para conseguir cuidar da casa sem fazer trabalhos pesados.
Fonte: BNews